Inaugurações aconteceram na noite da segunda-feira (22)
O Campus Itapetininga do IFSP realizou, nesta segunda-feira (22), a solenidade de inauguração de importantes espaços educativos que foram entregues à sua comunidade acadêmica.
Foram inaugurados o Mezanino (Bloco B), o Núcleo Incubador Itapetininga “Athenas do Sul” — NIAS, o Núcleo de Pesquisa em Soldagem Avançada — NuPeSA, salas de aula, uma delas dedicada ao Cursinho Popular, um Estúdio Audiovisual, o LabIF Maker e a nova biblioteca, que recebeu o nome da apresentadora, atriz, cantora, instrumentista, professora e bibliotecária, Inezita Barroso, falecida em 2015. Os artistas Mary Galvão e Mário Campanha, amigos de Inezita, participaram do evento e cantaram sucessos de Inezita e das “Irmãs Galvão”.
As obras tiveram início em 2022, e o valor investido é de aproximadamente um milhão de reais, provenientes de recursos próprios do IFSP e de verbas de emendas parlamentares da bancada paulista.
“São espaços destinados, sobretudo, à prática acadêmica, à pesquisa e à inovação. E eu quero parabenizar a todos do campus, na pessoa do professor Ragnar, por conseguir, numa articulação conosco, investimentos tanto da reitoria, quanto também de parlamentares, com emendas orçamentárias, para conseguir, num período de dificuldade orçamentária, fazer entregas dessa magnitude, dessa importância para comunidade”, disse o Reitor Silmário Santos.
O Diretor-Geral do campus, Ragnar Orlando Hammarstrom, afirmou que a entrega dos novos espaços representa uma conquista significativa para a comunidade. Segundo ele, a biblioteca foi eleita pelos alunos como o melhor local do campus, mas, apesar disso, o espaço se tornou pequeno. “Por isso a gente se motivou a ir atrás de recursos para essa ampliação, uma vez que o acervo foi aumentado e hoje a gente conta com cerca de 10 mil exemplares. Os alunos também cobravam bastante que tivesse salas de estudo e a gente conta com seis salas de estudos na biblioteca”, contou.
O professor Wilton Moreira Ferraz Junior é coordenador do Laboratório IF Maker e relatou que o espaço já está em funcionamento e é usado basicamente pelos cursos do campus. “Os alunos da matemática usam o LabMaker para fazer as peças que vão ser usadas no laboratório de matemática, os alunos de cursos técnicos e superiores usam-no para os projetos de conclusão de curso, e o laboratório também vai passar a ser usado no novo curso superior, que será o de Tecnologia em Sistemas para a Internet. Esse curso terá uma disciplina de IoT (Internet das Coisas), e na reformulação do integrado de informática também foi colocada uma disciplina de IoT, então os dois cursos vão usá-lo. Além disso, no integrado de eletromecânica, que tem uma disciplina chamada Eletrônica Digital e Microcontroladores, também será usado”, contou.
O professor Bruno Fernando Gianelli, que é coordenador do Núcleo Incubador Athenas do Sul, contou que o nome do núcleo decorre do fato de que a cidade de Itapetininga era conhecida como uma das capitais do conhecimento do interior. Segundo ele, a Incubadora que funciona há cerca de um ano, já possui três empresas incubadas desenvolvendo soluções.
Ainda de acordo com Bruno, os dois primeiros projetos aprovados para incubação foram o da empresa AL7, Soluções ao Alumínio, desenvolvedora de um filtro bactericida, e o da empresa Capivara Solutions, gestora de softwares, mais voltada para o agronegócio. Ele explica que há uma diferença entre uma incubação, que é uma empresa que possui CNPJ, e uma pré-incubação, que é um projeto, uma ideia de uma pessoa física. Expôs também que o Hello Yotta, que era um projeto pré-incubado, em que os responsáveis estavam com a ideia de desenvolvimento de softwares e kits educacionais, decidiu abrir um CNPJ e tornar-se uma empresa. A partir disso, eles passaram por um processo da chamada pública da Inova, tornando-se a terceira empresa incubada. Além das empresas, a incubadora também abriga a ONG Engenheiros Sem Fronteiras.
“A Tamires Nossa é professora da Curricularização da Extensão, dentro do nosso curso de Engenharia Mecânica do campus. Ela trouxe uma ONG internacional conhecida como Engenheiros Sem Fronteiras, e está implementando isso no decorrer desse primeiro semestre de 2024, junto com uma das turmas da Engenharia. Nós fizemos a sessão de uma das salas da incubadora, de tal maneira que os alunos agora possam desenvolver projetos voltados para a comunidade. Com isso, a gente implementa a curricularização da extensão, não apenas em sala de aula, mas conectando o discente com a comunidade onde ele está inserido”, conta Bruno.
Igor Raphael, ex-aluno do curso técnico em mecânica e da graduação em engenharia mecânica do Campus Itapetininga, foi estagiário da AL7 – Soluções ao Alumínio, enquanto era estudante e tornou-se gerente de projetos da empresa incubada pelo IFSP. A AL7 está desenvolvendo um projeto financiado pela Fapesp e com os recursos montou um laboratório de pesquisa no campus. Igor, que estava na inauguração representando o fundador da AL7, Francisco Pinheiro, afirma que é uma honra e um privilégio passar de aluno a parceiro do IFSP. “Uma coisa bacana desse projeto é que é um círculo virtuoso. Então, a empresa produz pesquisa com inovação, desenvolvendo uma tecnologia nacional. O Instituto Federal também ganha, porque foi investido parte da verba desse projeto para a criação desse laboratório, dessa linha de anodização. Após o término dessa fase de teste, essa estrutura vai ficar para o Instituto Federal e Itapetininga. Assim, todo mundo sai ganhando”, afirmou.
Durante a inauguração, os alunos do Campus Itapetininga ainda receberam, da Diretora-Adjunta de Ensino, Carolina Mandarini Dias, a boa notícia de que irão ganhar um centro de convivência, estrutura que será construída por meio de verbas de emenda parlamentar.
Confira algumas fotos do evento: