O Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), unidade da Secretaria de Estado da Saúde (SES), está em obras para qualificar o atendimento aos pacientes da radioterapia. O investimento inclui a construção de um novo bunker – como é chamado o espaço para instalação do acelerador linear, responsável pelo equipamento VitalBeam – e mais quatro novos consultórios. Essa ação está sendo viabilizada pela Secretaria da Saúde, Fahece e o Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon).
O novo parque de radioterapia tem previsão de inauguração em 2024. Atualmente, o Cepon já conta com dois equipamentos de radioterapia, que realizam cerca de 1.900 sessões mensais. Com o novo acelerador linear, o Cepon terá capacidade para realizar sessões de radioterapia mais rápidas, reduzindo significativamente os riscos de efeitos colaterais e toxicidade. Com os três aparelhos, a expectativa é diminuir o tempo de espera dos pacientes que necessitam iniciar o tratamento de radioterapia.
“Estamos priorizando os pacientes com câncer, porque é uma doença tempo sensível. Nosso objetivo é cumprir a legislação para que todos os pacientes catarinenses iniciem o seu tratamento em até 60 dias. Com o novo equipamento a unidade irá aumentar a capacidade de atendimento, diminuindo o tempo de acesso a radioterapia”, destaca a Secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto.
O Cepon realizou, de janeiro a outubro de 2023, um total de 5.320 procedimentos radiológicos. O resultado representa um aumento de 32,23% em relação ao mesmo período de 2022.
De acordo com Alvin Laemmel, o presidente da Fahece, organização social que faz a gestão do Cepon, o projeto de expansão do parque de radioterapia tem o objetivo de atualizar a tecnologia oferecida aos pacientes. “A tecnologia é uma grande aliada da saúde e precisamos acompanhar essas evoluções para oferecer as soluções mais adequadas para os nossos pacientes”, afirma.
O novo acelerador linear integra recursos de tratamento modernos, permitindo a realização de diversas técnicas e verificação de imagem pré-tratamento via Radioterapia Guiada por Imagem (IGRT). “Tudo isso possibilita um tratamento de altíssima precisão, doses mais focalizadas, redução do número de sessões e menor risco de efeitos colaterais, proporcionando maior qualidade, conforto e bem-estar ao paciente”, ressalta o chefe do Serviço de Radioterapia do Cepon, Paulo Rodrigues.