Com o intuito de atingir as metas estabelecidas pelo Novo Marco Legal do Saneamento, a Copasa ampliou em 26,6% os investimentos na ampliação e melhoria de sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário em Minas Gerais.
Entre janeiro e setembro de 2023, a companhia investiu, incluindo as capitalizações, R$1,19 bilhão, sendo 26,6% superior a igual período de 2022.
No mesmo período do ano passado, os investimentos somavam R$ 939,9 milhões. As informações constam no balanço divulgado pela empresa ao mercado nessa quinta-feira (26/10).
O maior volume de investimentos neste ano foi na implantação, ampliação e melhorias de sistemas de esgotamento sanitário, com obras em Abaeté, Além Paraíba, Belo Horizonte, Betim, Bonfim, Buritis, Campanha, Carmo da Cachoeira, Confins, Conselheiro Lafaiete, Contagem, Cruzília, Diamantina, Divino, Divinópolis, Guaxupé, Igarapé, Inhapim, Itaobim, Jacinto, Januária, e outros municípios. Esses investimentos somam R$ 484,2 milhões.
Outros R$ 473,5 milhões estão sendo investidos nos sistemas de abastecimento de água dos municípios de Belo Horizonte, Brumadinho, Cambuquira, Capelinha, Caratinga, Conceição do Mato Dentro, Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Contagem, Diamantina, Divinópolis, Esmeraldas, Fronteira, Frutal, João Pinheiro, Lavras, Mesquita, Montes Claros, Nova Lima, Nova Serrana, Paracatu, Patos de Minas, dentre outros.
Além disso, a companhia investiu, até setembro deste ano, R$ 39,6 milhões em desenvolvimento empresarial e operacional e R$ 192,3 milhões em capitalizações. Até o final do ano, os investimentos devem totalizar R$1,59 bilhão, além da capitalização de R$ 160 milhões. Já para os próximos quatro anos, o Programa de Investimentos prevê investimentos da ordem de R$ 7,76 bilhões (incluindo R$1,23 bilhão em capitalizações).
Resultados financeiros
Além da ampliação do volume de investimentos, o balanço divulgado nesta quinta-feira traz ainda os resultados da companhia no terceiro trimestre de 2023.
O lucro líquido foi de R$ 437,1 milhões e a receita líquida de água, esgoto e resíduos sólidos apresentou crescimento de 17,7%, somando R$ 1,62 bilhão no período.
Já os custos e despesas totalizaram R$ 1,14 bilhão, apresentando elevação de 12,6% em comparação com igual período do ano anterior.
Também houve redução do índice de perdas de água, que passou de 39,8% em setembro de 2022 para 38,9% em setembro deste ano e redução da inadimplência da Copasa (medida pela relação entre o saldo de contas a receber vencidas entre 90 e 359 dias e o valor total faturado nos últimos 12 meses), que atingiu 3,07% em setembro de 2023 (contra 3,46% em setembro de 2022).
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado atingiu R$ 688,8 milhões, enquanto o ajustado (que desconsidera itens extraordinários e não recorrentes) foi de R$ 638,9 milhões, 24,1% superior ao registrado no mesmo período de 2022 – o que demonstra a robustez da Copasa.
A margem Ebitda (calculada a partir da divisão do Ebitda pelo somatório da receita líquida de água e esgoto e das outras receitas operacionais) atingiu 41,5% (contra 36,3% no 3T2022) e a margem Ebitda Ajustada atingiu 38,5% (contra 36,3% no 3T2022).
A Dívida Líquida da empresa atingiu R$ 3,44 bilhões em setembro de 2023, enquanto a relação Dívida Líquida/Ebitda atingiu 1,4x (contra 1,7x em setembro de 2022) – ou seja, em um patamar confortável e que permite à companhia aumentar sua alavancagem e buscar mais recursos para seguir investindo na expansão dos serviços de água e esgoto.